quinta-feira, dezembro 21, 2006

Big-Bang, universos paralelos e infinito

Segundo os teoristas do Big-Bang, o próprio espaço-tempo foi criado quando a singularidade "rebentou". Mas é realmente difícil imaginar que o espaço seja algo criado. Se não havia espaço, ou se só havia o espaço que a singularidade ocupava, o que havia em redor da singularidade? Nada?

Se o espaço-tempo foi criado quando a singularidade "rebentou", o Universo não pode ser infinito, a menos que o espaço-tempo se tenha "desenvolvido" a velocidade infinita. Mas não existe velocidade infinita. Infinito não é um valor real, para objectos reais, mas um valor ideal. Velocidade é sempre uma velocidade definida, seja muita ou pouca.

No seu livro "Universos Paralelos", Michiu Kaku fala em vários big-bangs, em universos paralelos. Assim, entende-se o nosso Universo como espacio-temporalmente finito. Entende-se é que podem haver infinitos big-bangs paralelos mas, mais uma vez, chamo a atenção para o facto de que só é possível que existam infinitos big-bangs se eles nunca começaram a existir no tempo, se existem desde sempre, se sempre que recuarmos no tempo encontremos outro big-bang. Mas isso parece ser impossível. E mesmo que não seja impossível, parece impossível que existam infinitos big-bangs, porque se falamos de coisas concretas falamos de um certo número de coisas, muitas ou poucas, mas não de infinitas.

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