quinta-feira, maio 31, 2007

Tom Petty - Into the great wide open

Adoro esta música.

Into the great wide open
under them skies of blue
out in the great wide open
a rebel without a clue.

Camaleões



Ontem à noite estive a ver um documentário sobre animais, já não me lembro em que canal. Às tantas, falavam sobre camaleões. O camaleão fêmea deixa os ovos (o do programa deixou trinta ovos) muito bem escondidos debaixo da terra e vai-se embora; por lá ficam durante um ano, até que eclodem os camaleões bebés. Estas crias nunca chegam a ver os seus progenitores, nascem sozinhas para o mundo. Têm de aprender tudo sozinhas. É fascinante.

Bob Dylan - Knocking On Heaven's Door (Live)

Esta música é um cliché, mas não deixa de ser única e espectacular. Aqui, ao vivo, com a letra alterada. Ouçam.

segunda-feira, maio 28, 2007

Sepultura - Inner Self (Reissue)

Ficamos agora com um excelente tema dos Sepultura, do álbum "Beneath the remains". O som desta banda caracteriza-se por uma mistura de thrash/death/punk/grind.

Letra:

Walking these dirty streets
With hate in my mind
Feeling the scorn of the world
I won't follow your rules
Blame and lies, contradictions arise
Blame and lies, contradictions arise
Nonconformity in my inner self
Only I guide my inner self
I won't change my way
It has to be this way
I live my life for myself
Forget your filthy ways
Blame and lies, contradictions arise
Blame and lies, contradictions arise
Nobody will change my way
Life betrays, but I keep going
There's no light, but there's hope
Crushing oppression, I win
Betraying and playing dirty, you think
You'll win
But someday you'll fall, and I'll be
Waiting
Laughs of an insane man, you'll hear
Personality is my weapon against your
Envy
Walking these dirty streets
With hate in my mind
Feeling the scorn of the world
I won't follow your rules
Nonconformity in my inner self
Only I guide my inner self.

domingo, maio 27, 2007

Conhecimento/3

"Nem todo o conhecimento é falível, porque o conhecimento de que todo o conhecimento é falível é infalível." (frase do post anterior)

Vendo melhor, parece-me uma contradição, porque se há algum conhecimento infalível então nem todo o conhecimento é falível. E o conhecimento infalível não pode ser que todo o conhecimento é falível, porque isso é contraditório. Mas será que podemos, então, afirmar: todo o conhecimento é falível excepto o conhecimento de que todo o conhecimento é falível? Penso que sim. Mas então podemos afirmar que o único conhecimento infalível é que todo o conhecimento é falível. E que por isso nem todo o conhecimento é falível. Mas aqui, voltados que estamos à frase inicial (do post "Conhecimento"), parece-me, de novo, que caímos em contradição ou em paradoxo. Talvez dê para evitarmos isso se em vez da frase dissermos estoutra: o único conhecimento infalível é que algum conhecimento é falível; por isso, nem todo o conhecimento é falível. Assim, parece-me que já não caímos em nenhum erro.

Conhecimento/2

Nem todo o conhecimento é falível, porque o conhecimento de que todo o conhecimento é falível é infalível.

Isto parece-me uma paráfrase de "O único conhecimento infalível é que todo o conhecimento é falível. Por isso, nem todo o conhecimento é falível" (post anterior). Parece-me estar o problema resolvido. Assim, não estamos perante um paradoxo nem perante uma contradição, parece-me.

Conhecimento

O único conhecimento infalível é que todo o conhecimento é falível. Por isso, nem todo o conhecimento é falível.

Não sei se isto é um paradoxo ou uma contradição. A princípio parece-me ser um paradoxo, mas analisando melhor parece-me ser uma contradição. Não tenho a certeza.

Deus

Será que Deus existe? Um ser consciente e criador de tudo o que existe? Não sabemos. Se crermos que consciências dependem de cérebros, então cremos que esse ser não existe. Se crermos que não dependem, cremos que pode existir. Mas temos razões para crer que existe? Não. E que não existe? Também não. Tanto quanto sabemos, a consciência pode não depender de cérebros para existir, mas é uma possibilidade injustificada, uma mera possibilidade. Razões para crer que Deus existe: existe a criação - se existe a criação, existe um criador. Mas, tanto quanto sabemos, esse criador pode não ser um ser consciente e com as propriedades que normalmente se atribuem a Deus. Tanto quanto sabemos, existia a singularidade, deu-se o Big-Bang e tudo passou a existir. Podemos perguntar: como é possível que tenha aparecido a singularidade? Será que algo sempre existiu? Se crermos em que algo sempre existiu, cremos que há algo incriado; mas podemos crer que isso é a singularidade, a realidade tal como ela era no seu todo nesses tempos.

O sentido da vida

O que é a vida? A vida é mais do que um conjunto de sinais vitais e do que um organismo em funcionamento. Nós atribuímos um sentido à vida, um significado. Mas que significado é esse? Não sei. Será que a vida tem algum significado? O que perguntamos quando perguntamos isto? Penso que perguntamos se a vida, no seu todo, tem algum significado. Eu acho, parece-me, que não tem. As coisas que fazemos fazem sentido para nós, e têm um significado: podem ser importantes, pouco importantes, boas, más, etc.; mas a vida no seu todo não tem um significado a priori. Isto é, o que eu quero dizer é que a existência, o mundo, não atribui significados a nada. Na verdade, nada tem significado excepto as palavras, os símbolos que representam algo. A vida é o que é, não representa nada, não está em vez de algo e a significar algo. Há coisas que para nós fazem sentido e outras que não fazem sentido mas, aí, o que poderemos querer dizer é que, por exemplo, não compreendemos o porquê de dada ou dada acção, etc. Não estamos, na verdade, a falar de significado.

Vida depois da morte/2

O que é a morte? A morte é o fim da vida. Há pouco, no post anterior, perguntava se teríamos razões para crer na vida depois da morte, mas esqueci-me de perguntar o contrário: será que temos razões para acreditar que não há vida depois da morte? Respondi negativamente à outra questão e também respondo negativamente a esta. Respondo negativamente a ambas. Não temos mais razões para acreditar que há vida depois da morte do que em que não há vida depois da morte. Talvez haja quem diga: a ciência - ou mesmo o senso comum - dá-nos razões para acreditar em "não há vida depois da morte". Mas nós não sabemos se tudo o que somos é suportado por este corpo e pelo seu funcionamento. Como sabemos se não temos uma consciência, algo imaterial, que sobrevive à morte? Não sabemos. É como disse no post anterior: só se sobrevivermos à morte é que poderemos alguma vez responder a esta questão.

Vida depois da morte

Será que há vida depois da morte? Uma questão a que não podemos responder enquanto não morrermos. E, claro, só poderemos responder se sobrevivermos à morte. Temos razões para acreditar que há vida depois da morte? Não.

Interrogações matinais

Aqui estou eu sentado em frente ao computador, são seis e dez da manhã e não vou falar do nada. O nada não existe. De que vou falar? Existe alguma coisa, isso já todos sabemos. Existem seres, mas será que o ser existe? "O ser" - algo que nunca soube muito bem o que é. Posso imaginar, e pensar que é o todo formado pelos vários seres - a realidade. Hipótese: o ser é a realidade. O conjunto de todas as coisas que existem. Também, penso, em alguma filosofia ou doutrina, o ser é aquilo que permanece, por oposição àquilo que é impermanente. Mas haverá alguma coisa que permanece? Poderíamos dizer que só a impermanência permanece, mas não dizemos. Dizemos, por hipótese, que a realidade permanece - por mais seres que nasçam e morram, que apareçam e desapareçam, a realidade permanece. Não permanece estática, pois as coisas estão sempre a mudar, como vimos. "As coisas estão sempre a mudar" - nascem e morrem, aparecem e desaparecem. Será que haverá para sempre uma realidade, a realidade? É isso que estamos a dizer quando dizemos que a realidade permanece.

Ruanda

Hoje tive uma longa conversa com o meu irmão Francisco sobre o Ruanda. Há bocado, liguei a televisão e estava a dar, por coincidência, um filme sobre o genocídio. O meu irmão mostrou-se especialmente fascinado pela pessoa de Paul Rusesabagina.

Dois álbuns




Dois dos meus álbuns favoritos de sempre: "Sea Change", de Beck e "Clutch", de Peter Hammill. Dois álbuns bastante intimistas.

Extraterrestres


Existirão extraterrestres? Giordano Bruno, em mil quinhentos e tal, acreditava que sim. Se existirem, será que alguma vez os conheceremos?

Nirvana - Lithium

Os Nirvana são uma das minhas bandas favoritas de sempre. Queria postar um tema de Lou Reed, o "Magic and Loss", mas não encontrei. Aqui fica o excelente "Lithium" dos Nirvana.

Cinema/Imagem

O cinema joga sobretudo com o poder da imagem.

Al Pacino


Um dos meus actores favoritos é, sem dúvida, Al Pacino. Também gosto bastante do Nicholas Cage. Poderia enumerar muitos outros. Tenho dificuldade em escolher o favorito, mas Al Pacino é, sem dúvida, um forte candidato. Simplesmente, o homem transborda emoções. Adoro todas as interpretações dele.

sábado, maio 26, 2007

Dracula


Está a dar o "Dracula" de Coppola no canal Hollywood. Emociona-me particularmente a cena em que Vlad e Mina estão no cinema e aparece o lobo branco, criatura feroz, que Vlad domina, sendo que depois começam ambos a afagá-lo. Acho que me emociona particularmente a forma como Vlad domina a criatura feroz.

Dormir

Acho que afinal vou ver se durmo um pouco. Aí até ao meio-dia.

Solidão/5

A solidão total deve ser ao mesmo tempo uma tristeza e uma sensação de liberdade.

Solidão/4

Há pessoas que estão completamente sós neste mundo.

Solidão/3

Deus é - mas não só - um amparo para as pessoas que estão completamente sós neste mundo.

Solidão/2

Há dias, a ver o programa da National Geographic sobre o Hajj ouve algo que me fez confusão. Um senhor, referindo-se à parte em que estão todos a rezar, disse que houve um momento em que se sentiu completamente sozinho. Achei estranho porque normalmente as pessoas quando rezam dizem que se sentem acompanhadas por Deus. Ou normalmente as pessoas muito religiosas crentes em Deus dizem que nunca estão sós. Fez-me confusão o senhor ter dito que se sentiu completamente sozinho. Pensei: talvez seja alguém que precisa de um pouco de solidão na sua vida. Isto dá para os dois lados: tanto se pode querer evitar a solidão como se pode querê-la. Há pessoas que estão tão ocupadas com os problemas das outras pessoas que não têm tempo para estarem sós consigo mesmas. Por outro lado, podia ser apenas uma pessoa - o senhor do documentário - que se sentia profundamente só.

Solidão

Eu sou uma pessoa um bocado solitária, por isso toda a história da comunhão chateia-me. Gosto de andar sozinho, metido nos meus pensamentos. Talvez às vezes ande sozinho demais.

Igreja

Eu nem sequer vou à igreja. Às vezes passo perto da paróquia de Benfica e só lá vejo idosos. Não é que eu tenha nada contra idosos, até tenho familiares bastante idosos e gosto bastante deles, mas parece que as pessoas da minha idade andam ocupadas a fazer outras coisas.

Frustração

Às vezes penso que gostaria de passar o resto da minha vida a estudar/ler a Bíblia. Tenho de ter fé. Talvez tivesse jeito para monge. Alguém conhece um mosteiro onde aceitem leigos? Às vezes penso que gostaria de ser monge. Não me apetecia ler nada mais que não a Bíblia. Outras vezes penso que o que gostaria mesmo era de morar num monte, longe do bulício. Morar num monte, ser agricultor, e ler a Bíblia. Tudo isto são impossibilidades. Há que saber lidar com a frustração.

Fé/2

Mesmo fé numa vida depois da morte, não custa nada.

Agora que penso sobre a fé, penso: não custa nada ter fé.

Directa

Ainda não dormi mas parece que acordei de um sono profundo. Tenho andado com os horários trocadíssimos, a acordar às quatro da tarde. Talvez hoje aproveite, já que estou desperto, e faça uma directa para acertar os sonos.

Nocturno/2

Se só pudesse escolher um livro para ler, para sempre, escolheria a Bíblia.

Nocturno

Segundo o meu entendimento da Bíblia, Cristo é Deus Pai tornado carne. Por isso, interrogo-me: quando um cristão está a ler o Antigo Testamento e se depara com a palavra "Senhor", referindo-se a Deus, entende "Cristo" por "Senhor"? Penso que sim.

Fotografias de raios


Gosto muito de fotografias de raios; têm uma rara beleza.

Metablogging/9

Os blogues servem para as pessoas partilharem informação.

sexta-feira, maio 25, 2007

Munique



Acabei agora mesmo de rever o filme "Munique", que já tinha visto no cinema. É um excelente filme. Costumo gostar dos filmes de Steven Spielberg.

quinta-feira, maio 24, 2007

Acontecimentos depois do Big-Bang

Acontecimentos depois do Big-Bang

Força criadora

Como existe a criação, de certeza que existe algo que cria. Existe uma força criadora no Universo. Podemos ser animistas e dizer que tudo está vivo, ou podemos simplesmente justificar com a evidência da existência da vida e da reprodução a existência de uma força criadora. Essa força existe naturalmente na Natureza. É algo incondicionado, que existe por si, que não foi criado por nós, que nos criou, que criou tudo o que existe. Termino o post com uma questão: será que a criação é eterna? Será que estarão para sempre coisas a ser criadas?

Peregrino/2

Nunca fiz nenhuma peregrinação, mas o meu irmão João já fez uma a Fátima, este ano, penso que no dia 10 de Maio. Ele é católico apostólico romano, mas eu não. Não sei qual a minha religião. Sei que gosto, às vezes, de ler a Bíblia, mas não faço parte de nenhuma comunidade católica. E, se acredito em Deus, acredito num deus pessoal; não sei bem como defini-lo. Acredito que, se Deus existe, podemos ter uma relação pessoal com Ele, sem intermediários, sem igrejas, sem padres. Não sei bem qual é a minha definição de Deus; sei apenas que é algo maior do que nós, maior do que tudo (aqui, vamos para a definição anselmiana: "aquilo maior do que o qual nada pode ser pensado"). Não sei bem qual é a minha definição, mas creio que é algo que se sente, algo em que se pensa, uma questão de fé: acreditarmos que existe um Ser criador e sustentador de tudo o que existe, que respeitamos, temendo a sua ira. Deus é aquilo que mantém a nossa vida e que, num momento, pode acabar com ela. Assim, é um deus atento ao que se passa no mundo, um deus omnisciente e omnipotente. Também podemos dizer que é sumamente bom e justificar o mal no mundo pela acção errónea do homem. Deus não quer intervir, para manter o livre-arbítrio do homem; mas, se quiser, intervém - Deus tem total liberdade, ao passo que o homem está preso às teias da necessidade e, por isso, não é completamente livre.

Peregrino



Às vezes penso que também eu gostaria de ser um peregrino. Mas sem seguir as passadas das grandes multidões, apenas um peregrino à volta do mundo. Penso: toda a terra é sagrada; mas depois lembro-me das guerras, das crianças nas guerras, e penso: como pode toda a terra ser sagrada?

Inside Mecca



Acabei de ver o programa "Inside Mecca", da National Geographic, na RTP 2. Era um programa sobre o Hajj, a peregrinação que todos os anos leva milhões de muçulmanos à cidade de Meca durante cinco dias. A meu ver é, para os peregrinos, uma prova de fé, já que têm de aguentar, sem discutir, os tormentos do calor, das caminhadas, e a confusão da multidão.

quarta-feira, maio 23, 2007

Sonhos/5

Hoje, que me lembre, tive três sonhos: no primeiro, sonhei com um velho amigo, mas ele estava um bocado diferente do que é na realidade, estava com as feições um pouco diferentes; no segundo, sonhei que estava a ver um vídeo de big wave riders de bodyboard, mas era como se estivesse eu nas ondas; no terceiro, sonhei que estava com um grupo de amigos a brincar com o meu cão no parque mas, mais uma vez, o meu cão era diferente do que é na realidade. Foram todos eles sonhos bons.

segunda-feira, maio 21, 2007

Metablogging/8

Esta história das etiquetas nos posts é uma ideia muito bem esgalhada. Permite não só ao leitor aceder a todos os posts que contêm uma certa etiqueta (clicando na etiqueta), como permite ao escritor ter uma melhor ideia, um historial, acerca dos assuntos sobre que mais posta.

Imaginação

A imaginação é uma faculdade espectacular. Num momento sentimo-nos vazios, sem nada para dizer e, no momento seguinte, surge como que espontaneamente uma ideia, algo que depois desenvolvemos.

Hábitos/2

Poucas acções na nossa vida não são hábitos.

Angústia/Hábitos

Às vezes sinto-me angustiado com a minha vida. É quando penso nas causas dessa angústia que deixo de estar angustiado. Mas não basta pensar nas causas, é preciso eliminá-las. Isso é o mais difícil - mudarmos os nossos hábitos. A vida do homem quase que se poderia reduzir a hábitos. Quase que creio que poderíamos traçar um mapa completo da vida de uma pessoa através dos seus hábitos. E nada mais encontraríamos do que hábitos.

Sonhos/4

Sonho lúcido na Wikipedia

Sonhos/3

Ultimamente tenho tido sonhos muito lúcidos. Tenho sonhado bastante e recordo-me, quando estou meio acordado, meio a dormir, perfeitamente dos sonhos. É como se estivesse a sonhar mas consciente daquilo que estou a sonhar, o que é fantástico quando os sonhos são bons.

Metablogging/7

Agora, o meu blogue tem "word verification". Isso acontece porque posto muito e o Blogger quer certificar-se de que este não é um "spam blog".

Sonhos/2

Por outro lado, tive pelo menos um sonho bom - estava numa aventura com uns amigos a andar de caiaque num rio relativamente agitado. Só me lembro de remar... belo sonho.

Sonhos

Hoje tive um sonho - entre outros, que foram bons - com cobras: cobras por todo o lado. No chão, nas minhas costas... às tantas havia um saco (ou um pano, não me lembro bem) cheio de cobras que se tinham comido umas às outras porque estavam com fome; então eu abri o saco e vi cobras desfeitas, completamente esburacadas, sangue... que sonho tão mau.

Eremitar

Às vezes apetecia-me ir eremitar para um sítio qualquer. O meu refúgio é no Alentejo. Na cidade, o meu refúgio é a minha cama, durante as horas que durmo. Há dias disseram-me que quem muito dorme pouco vive. Não sei se isso é verdade, sinceramente, pois enquanto dormimos sonhamos e descansamos. Acho que estamos à mesma a viver.

Menonitas

Menonitas na Wikipedia

Igreja

Não pertenço a nenhuma igreja. Acho que não ia gostar de pertencer a uma igreja. Mas não me importava de experimentar viver numa comunidade. Mas isto é o que eu acho; pode não corresponder à realidade. O meu irmão mais novo, o João, pertence à igreja no sítio onde mora. Vai à missa e é acólito. Eu, com a idade dele (14 anos), nunca pensaria em tal coisa para mim. Temos um espírito diferente, apesar de eu sentir a necessidade de uma certa religiosidade na minha vida. No entanto, vejo-a como algo mais privado, do foro íntimo.

Perdão

Que Deus me perdoe os meus pecados. Ámen.

Bíblia

Tenho de me dedicar a estudar/ler a Bíblia. Foi algo que fiz durante uns tempos (uma semanita, duas) no Alentejo: acordava e, praticamente, sem contar com comer e outras necessidades, só lia a Bíblia. Tenho de voltar a fazer isso. Apetece-me.

Identidade

"A identidade descobre-se nas raízes", leio no cabeçalho do blogue Mukankala (que descobri por mero acaso). Esta é uma questão que me toca profundamente, pois eu próprio já procurei a minha identidade nas raízes - árvores genealógicas, etc. - e, penso, não a encontrei aí. Penso, ao contrário, que nascemos com liberdade para construírmos a nossa identidade (nomeadamente com as nossas escolhas, actos, perspectiva - construída - do mundo, etc.). Assim, à excelente - porque resume nela toda uma posição face à busca da identidade - frase "a identidade descobre-se nas raízes", contraponho a frase "nascemos com liberdade para construírmos a nossa identidade".

domingo, maio 20, 2007

Anabaptistas

Anabaptistas na Wikipedia

Huteritas

Às vezes penso que gostava de viver numa comunidade assim (nem que por uns tempos)

Poder

Há pessoas muito voltadas para o poder. Por que será? Será que algumas delas, daquelas que assinam por baixo tudo o que fazem, se movem por fins altruístas? Por exemplo para dar credibilidade a algo. Vi ontem um filme, "Holy Matrimony", com Patricia Arquette, em que às tantas o personagem Ezequiel - um miúdo membro de uma comunidade de huteritas - fala de valores mais fundamentais, referindo a família. Bem sei que nos tempos que correm a família já não é tão fundamental como noutros tempos, e que a própria noção de família é diferente - por exemplo, um casal de homossexuais com uma criança adoptada podem ser considerados uma família -, mas acho que há valores e coisas mais importantes do que o carreirismo e a ascensão a mais poder.

Lógica/2

Quando terminar o meu curso (Filosofia), se é que já não o terminei, dado que o Processo de Bolonha está a decorrer com enormes confusões e vêm informações contraditórias de sítios diferentes, vou dedicar-me ao estudo da Lógica. Interessam-me principalmente as deduções.

Lógica

Se o Benfica ganha, as tascas enchem. Se o Benfica perde, as tascas enchem. Logo, as tascas enchem.

Futebol/5

Hoje, no final do jogo do Porto, viam-se alguns adeptos a chorar. Assim se pode ver o poder catártico do espectáculo do futebol.

Fenómenos de Massas

O último grande espectáculo de massas a que fui foi o concerto dos Pearl Jam no Pavilhão Atlântico. Confesso que me emocionei bastante quando tocaram as minhas músicas preferidas. Foi uma espécie de catarse, de libertação de emoções.

Futebol/4

Não me interessa muito ir ao futebol ou aos grandes concertos, estar no meio das grandes multidões, mas interessa-me pensar sobre o assunto.

Futebol/3

O futebol interessa-me enquanto fenómeno de massas. Um pouco como os grandes concertos para muitos milhares de pessoas, ou como os grupos musicais que vendem milhões de discos. Fascinam-me, esses fenómenos. Penso: o que terão de diferente, de característico, para funcionarem? Acho que os grandes concertos são como o futebol, têm algo de catártico.

Comida da mamã

Hoje vim jantar a casa da minha mãe. O jantar é um excelente bacalhau com grão. Temperado com azeite, vinagre, cebola e coentros picados. Coma-se frio, de preferência.

Futebol/2

O futebol - o espectáculo - tem algo de catártico. Os adeptos que enchem os estádios sofrem com o seu clube, com o seu 11, têm alegrias, tristezas, libertam emoções, purgam-se, num festim quase religioso. O futebol está para os nossos tempos como os jogos do Coliseu estavam para os romanos.

Futebol

Hoje está tudo louco com o futebol. Eu não estou muito preocupado. Apesar de ser adepto (pouco ferrenho) do Benfica, creio que é o Porto que vai vencer o Campeonato. Verdade seja dita que preferia o Sporting ao Porto...

Uso da Natureza

Tudo o que temos, vamos buscá-lo à Natureza. Depois, ou consumimos/usamos as coisas como elas nos aparecem ou alteramo-las por meios artificiais de modo a criar novos produtos/matérias. Acho fascinante o facto de conseguirmos sobreviver (cada vez melhor) através da manipulação e do uso da Natureza. Tudo isto deriva da nossa capacidade de conhecer.

sábado, maio 19, 2007

Sopa

E que bela sopa ficou...

Recessão

Nestes dias de recessão
não tenho comida
no frigorífico
não tenho dinheiro
para tabaco ou beber;
resta-me ficar em casa
a olhar para o ar;
faço uma sopa
com uma cebola, uma batata, uma cenoura
e água;
vou beber o resto do vinho
que ali tenho.

Dormir

Pronto, já posso ir dormir descansado.

quinta-feira, maio 17, 2007

Algumas pessoas

Algumas pessoas deviam vir com manual de instruções.

quarta-feira, maio 16, 2007

Metablogging/6

Um bloguer tenta sempre que o seu próximo post seja melhor do que o anterior.

Função social/Papel

O que é ter uma função social? A meu ver, é representar um papel na sociedade. Assim, função social e papel são termos para as mesmas coisas.

Metablogging/5

Os jornais têm a função social de informar. Os blogues, embora possam informar, não têm essa função social. Até podemos dizer que alguns blogues têm essa função e outros não, embora todos os blogues informem sobre alguma coisa. Mas então, se todos informam sobre alguma coisa, os blogues têm a função social de infomar. Mas, ao contrário dos jornais, os blogues podem veicular informação relativa a, por exemplo, ficções, como na literatura, ou, por outro lado, informação relativa à vida pessoal do bloguer, como nos diários pessoais. Ainda sob outro prisma, os blogues podem veicular informação relativa a factos, caso em que se assemelham aos jornais. Ainda, podem veicular informação relativa a opiniões sobre um certo estado de coisas, sobre qualquer coisa, desde a factos a outros blogues. Em qualquer dos casos, os blogues cumprem a função social de informar, pois são, sempre, veículos de informação.

Metablogging/4

Os blogues têm alguma função social?

Metablogging/3

Gosto bastante deste novo layout dos templates do Blogger: link directo do título do post para o post, listagem de etiquetas no fundo da página, arquivo aberto no mês corrente, possibilidade de adicionar outros elementos de página.

Absoluto/3

Na verdade, não sei o que é o Absoluto, por isso, não vou tocar mais neste tema.

segunda-feira, maio 14, 2007

Absoluto/2

Creio que o Absoluto é um fluxo apreendido pela consciência (mais não sei dizer).

Absoluto

Creio que o Absoluto não se toca, não se cheira, não se apreende por nenhum dos sentidos, mas que, no entanto, pode ser objecto da consciência. Creio que pode ser objecto da consciência por intuição e por inspiração (sinceramente, não sei bem do que estou a falar, mas vou falando, na expectativa de comunicar e de me compreender melhor).

Efeitos mentais

Os efeitos de que falo no post anterior são efeitos mentais. Certas coisas causam certos efeitos mentais (não necessariamente os mesmos para diferentes pessoas ou para uma mesma pessoa em diferentes momentos).

Mundo quálico

Quando falo em mundo quálico, falo naquilo que é por nós experimentado, por exemplo, não num televisor, mas no efeito que o televisor tem em nós, não na imagem de uma pintura, mas no efeito que a imagem tem em nós, não no sabor de um gelado, mas no efeito que o sabor tem em nós, etc.

Verdade e Ilusão

Acredito que podemos, através da mente, ascender a um Absoluto, que é algo de que já falei, se não neste, noutro blogue. É algo que transcende o mundo físico, mas que ao mesmo tempo o contém, é algo mais verdadeiro do que o mundo físico, sendo este aproximadamente considerado como Maya, ilusão, e o mundo quálico como mais verdadeiro, como a verdade propriamente dita (claro que isto está tudo ainda muito mal pensado e elaborado, mas ainda sou novo para chegar a conclusões, para além de que este é um assunto em que não tenho pensado muito nos últimos tempos).

Suicídio/2

Não creio que o suicídio seja moralmente condenável, não creio que seja válido o argumento "Deus dita a hora da nossa morte"; acho que somos livres para ditarmos nós próprios a hora da nossa morte. Não acredito em Inferno nem em Paraíso, apenas em paraíso ou inferno na Terra. Não acredito na vida depois da morte. Não acredito em Deus, não acredito num deus que julga os nossos actos.

Suicídio

Às vezes apetece-me atirar-me da janela, mas não o faço, nem o farei. Não porque creia que o suicídio é moralmente errado, mas porque creio que melhores dias virão. Nem sei bem se é por crer que melhores dias virão, ou se é porque realmente não desejo suicidar-me. Acho que os problemas que tenho se resolverão, é mais isso. Afinal, não tenho assim tantos problemas, são mais problemas psicológicos, inventados pela minha pessoa, embora de facto tenha alguns entraves na vida real.

Pensamentos vários

A vida na cidade anda a um ritmo muito rápido...
Temos menos tempo para as coisas...
Subitamente, ocorreu-me uma memória de um sonho que tive a noite passada...
Vi um antigo conhecido, mas agora com barba e com cabelo e barba descolorados...
Com estilo, coisa que não tinha...
Ou com um estilo diferente, mais cool...
Mas falava da cidade...
O próprio trânsito implica que tenhamos menos tempo para as coisas...
Pois demoramos mais tempo a chegar onde temos de chegar...
Para além de que temos, geralmente, de percorrer distâncias mais longas do que numa vila...
A vida na cidade tem as suas vantagens...
Eu, de momento, é que estou numa fase pouco citadina...
Tenho de estudar para uns exames em Julho e estou a pensar refugiar-me no Alentejo a fazê-lo...
Tenho a sorte de ter família no Alentejo e uma casa para onde posso sempre ir...
Sempre que possa...
As coisas lá passam-se mais devagar...
Parece que os dias são maiores...

A sensação de viver num ambiente repressor

Acordo e fumo... fumo muito...
Tenho tido poucos prazeres nestes dias...
Blogar, escrever, tem sido dos maiores...
Sinto-me um pouco perdido, à deriva...
A vida na cidade como que me assusta...
Andar no bulício rodeado por uma multidão que desconheço...
Sinto que é tudo muito agressivo...
Um ambiente pouco familiar...
Eu sempre vivi na cidade...
Mas reconheço que o ambiente citadino é pouco familiar...
No sentido restrito em que há pouco a noção de família...
É como que um amontoado de pessoas desconhecidas...
Cada um a fazer por si e não preocupado com o outro...
Ninguém quer saber de ninguém...

Metablogging/2

Como é que um bloguer se mantém fiel ao seu público? Simples - desde o momento em que tenha público, segue a mesma linha editorial que tinha vindo a seguir até então. Mas será que, de facto, um bloguer tem de fazer isso? Não, um bloguer não tem de fazer isso. A linha editorial de um blogue pode mudar quantas vezes o bloguer queira, claro que sob pena de perder público. Mas será que um bloguer se deve preocupar em ter público? A meu ver, sim, porque um bloguer escreve e publica na internet porque gosta de ser lido, porque quer ser lido, mas, por outro lado, o bloguer pode mudar a linha editorial quantas vezes queira, sob pena de perder público ou de ganhar um novo público. Por isso, o bloguer, a meu entender, deve preocupar-se mais em ter prazer com aquilo que escreve, com a linha editorial que segue, do que com o prazer que terceiros (o público) terão ao ler o blogue. O bloguer deve colocar o seu próprio prazer em primeiro lugar e esperar que com a linha editorial que segue e lhe dá prazer, dê prazer a um público. Ao contrário dos jornais, os blogues não têm de vender e, por isso, não têm de se preocupar tanto com as audiências. Enquanto que para um jornal o prazer da audiência surge em primeiro lugar - e não o prazer de quem escreve (os jornalistas) -, tal não acontece num blogue, onde surge em primeiro lugar o prazer de quem escreve. Assim, um bloguer não tem a obrigação de se manter fiel a um público.

Metablogging/1

Um bloguer tem a obrigação de ser fiel ao seu público.

Sonhos

Hoje sonhei com uma antiga namorada... foi um sonho bastante bom, mas, quando acordei, acordei triste ao pensar o que ela pensaria de mim se me visse agora: 10 anos mais velho, 20 quilos mais gordo... este sentimento de tristeza foi ainda no rescaldo do sonho, naqueles momentos em que ainda estamos entre cá e lá; apeteceu-me revê-la. Depois, quando acordei realmente, tomei um café, tudo passou.

Boa noite

Bem... vou ver se durmo... até amanhã, durmam bem!

O silêncio da noite

Adoro o silêncio da noite...
Está tudo tão mais calmo...

Dendrofilia

Eu sabia! Nada como uma boa saladinha de alface, tomate, cebola, orégãos, azeite e vinagre q.b.... é de bradar aos céus!

Nesofilia

Esta é muito boa. Mas é só para ricos ou para náufragos.

Pogonofilia

Que me desculpem os pogonófilos mas acho esta engraçada...

Parafilia

Parafilia na Wikipedia. Bem, não imaginava que houvesse tamanha quantidade de parafilias. Há umas mesmo estranhas - pelo menos a meu ver. O que é bom para uns, não é bom para outros. O que é estranho para uns, não é estranho para outros. Penso que devemos respeitar os gostos, as atracções, de cada pessoa, a menos que esses gostos impliquem o prejudício de outros. Agora se alguém se excita com pêlos (tricofilia) ou coisas inofensivas do género, é-me indiferente, isto é, não acho que a pessoa tenha uma doença ou um comportamento desviante por se excitar dessa forma. Penso que devemos ter muito cuidado quando afirmamos que algo é desviante, porque pode ser apenas incomum, fora da normalidade, do habitual. E devemos ter cuidado para não ofender as pessoas, para não ferir susceptibilidades, quando falamos de assuntos mais delicados.

Voyeurismo/2

Não sabia que o voyeurismo estava necessariamente ligado à obtenção de prazer sexual. Julgava que estava ligado apenas à curiosidade (com prazer) de olhar para os outros fazendo coisas (não necessariamente sexuais) ou, mais simplesmente, ao prazer de ver. Mas pelos vistos é uma parafilia. Bem, talvez haja um uso mais lato do termo em que pode ser usado para designar apenas o prazer de ver, de olhar.

Voyeurismo

Voyeurismo na Wikipedia

Voyeurs

A net está repleta de voyeurs. O simples acto de ler o diário de um desconhecido e de com isso tirar prazer é um acto de voyeurismo. E isso acontece muito nos dias que correm.

Insónia

Deito-me perto da meia-noite...
Meia hora depois levanto-me e acendo um cigarro...
Volto para a cama por mais meia hora...
Levanto-me e acendo outro cigarro...
Estou sem sono...
Um misto de insónias e de horários trocados...
Deito-me, levanto-me, fumo cigarros, volto a deitar-me...
Amanhã tenho uma série de assuntos a tratar...
Não me saem da cabeça...
Só vou adormecer lá para as tantas...
Acordarei tarde amanhã...
Entretanto, acordado, combato o tédio...
Escrevo...

domingo, maio 13, 2007

Uma questão

Se Deus não existir, existirá alguma coisa de divino?

Conhecer algo que não se dá de nenhum modo sensível

A questão é a de saber se podemos conhecer algo que não se dá de nenhum modo sensível. Não é o caso, por exemplo, dos números pois estes escrevem-se.

Ir para lá do que é experimentado

Todo o conhecimento é advindo da experiência. Resta saber se podemos ir para lá da experiência ao conhecermos. Poderemos ir de algum modo para lá daquilo que é experimentado? Talvez, mas, penso, sem certezas.

Vivências

Tudo o que conhecemos é advindo da nossa experiência no mundo. Não há nada que conheçamos para lá daquilo que experimentamos. Não sei se a segunda frase é verdadeira, porque podemos, por raciocínio, conhecer coisas que não sentimos, que não percepcionamos. Mas até esse conhecimento se dá de um certo modo, aparece-nos de um certo modo. As proposições que alcançamos por meio de raciocínio e que se referem a algo que não pode ser sentido, por exemplo buracos negros, aparecem-nos no decorrer da nossa experiência. Tudo o que sabemos aparece-nos no decorrer da nossa experiência no mundo, no decorrer de uma vivência. Tudo o que nos aparece, aparece-nos enquanto vivência ou como conteúdo de uma vivência.

Álcool/3

Acabei por não ir ao bar...
Fiquei por casa a ver televisão...
Vi "O fugitivo", com Harrison Ford e Tommy Lee Jones, pela enésima vez...
Agora vou ver mais um pouco de televisivos e depois vou dormir...
Boa noite.

sábado, maio 12, 2007

Álcool/2

As pessoas solitárias, como eu, criam uma espécie de empatia com o barman...
Como se ele fosse um amigo...
E isso é mais um factor que leva a que queiramos ir ao bar...
É uma armadilha da solidão e do álcool...
O álcool é tramado...
Leva-nos tudo...
Dinheiro e neurónios...
Não que eu agora, de repente, seja anti-álcool...
Apenas quero ter uma relação mais saudável com ele...
Quero conseguir beber sem ter de me embebedar...
Às vezes a primeira cerveja é o gatilho para todas as muitas outras...
É uma espécie de rastilho...
Sei que tenho tendência para beber muito...
Sou, nesse aspecto, compulsivo...
A minha solução é não beber de todo ou aprender a beber com conta, peso e medida...
Na verdade, custa-me beber apenas 1 ou 2 cervejas, apetecem-me sempre mais...
Mas o meu objectivo é mudar isso...
E beber moderadamente...
Não sei se consigo...
Hoje, apetece-me bastante ir ao bar...
Estou sozinho em casa, sem nada para fazer...
No bar tenho "amigos" - a tal amizade que se estabelece com o barman...
É complicado...
O meu conselho para mim mesmo é "não vás ao bar"...
Porque de um copo de cerveja pode mesmo nascer uma tempestade...
Se a situação se prolonga por mais tempo, torna-se mais complicada...
A solução é cortar desde já com a bebida em excesso...
Mas quero beber... moderadamente...

Álcool

As minhas noites de bebedeira acabaram...
Agora bebo apenas um ou outro copo...
Espero manter-me assim e não voltar ao excesso que tinha vindo a ser até então...
Até ontem tinha andado a fazer o que os americanos chamam de "binge drinking", penso eu...
A embebedar-me todas as noites e por vezes durante o dia...
Sempre com cerveja, mas sempre em excesso...
10 ou mais cervejas, que me levavam todo o dinheiro...
Agora isso acabou, espero que tenha acabado...
Pelo menos durante o dia já não bebo e espero beber pouco à noite...
Esta noite bebi 2 cervejas, o mesmo que a noite passada...
Espero não ultrapassar as duas cervejas por noite...
Espero manter-me sóbrio...
Quero manter-me sóbrio...
Hoje já não vou sair para ir ao bar - espero...
Na verdade, apetece-me...
Apetece-me ir ao bar...
Mas já sei que se for para ir lá, vou gastar tudo o que tenho em copos...
Vou degradar-me sozinho...

Praia

Às vezes penso que gostava de morar numa praia ou num sítio onde desse para estar na boa na praia todo o ano.

Bob Marley - Three Little Birds

Um tema espectacular do lendário Bob Marley.

Don't Worry Be Happy - Bobby Mc Ferrin

Uma canção que sabe sempre bem ouvir.

Relaxar

Às vezes sinto-me muito stressado, por causa das contrariedades na minha vida. Por exemplo: pensava que tinha acabado o curso devido a Bolonha e vim a descobrir que não acabei porque não sou abrangido pelo acordo. É apenas um exemplo de uma contrariedade que me deixa stressado. Penso que parte da solução para as contrariedades desta vida é relaxar. Claro que, muitas vezes, temos de deitar mãos à obra e fazer mas, também, devemos fazer relaxadamente. Quero apenas dizer que, às vezes, devemos tentar relaxar um pouco. Pôr a tocar um daqueles discos new age com sons da natureza ou algo do género, treinar a respiração, esquecer por momentos os problemas e focarmo-nos nas soluções. Sim, é necessária concentração, para que atinjamos os nossos objectivos. Concentração para saber que barreiras se nos apresentam, para saber quais é que vamos ultrapassar, etc.

Amor para todo o mundo

Não consigo passar o tempo todo a escrever poesia. Não tenho imaginação nem paciência para tanto. Penso que uma forma de melhorar a minha poesia seria ler poesia. Gosto, mais do que escrever poesia, de comunicar. Este blogue é, então, um espaço de comunicação, que tem vindo a ganhar a forma de um quase diário, já que é bastante pessoal. Amor para todo o mundo.

Solidão

Sem ti estou perdido
no mar bravo sem abrigo
sem ti estou tão só
numa penúria que faz dó
sem ti não sou eu
mas sangue que já correu
sem ti estou no escuro
e o mundo vem mais duro
sem ti é impossível
gostar do que é incrível.

Melhorar a poesia

Espero, com o tempo, melhorar cada vez mais a minha poesia.

O reencontro improvável

Às vezes sinto que é doloroso estar sem ti
mas, na verdade, na maioria das vezes não o sinto assim.
Um dia encontrar-nos-emos, no futuro, e pensaremos, apenas pensaremos,
ocorrer-nos-á a ideia: por que não deu tudo certo?
Talvez sintamos, então, uma certa mágoa, e acharemos que algo, uma vida,
nos passou ao lado, e que vivemos uma vida que não é a nossa, que não era
para ser a nossa.
No entanto, viveremos com essa mágoa, e retomaremos num ápice a vida que vivemos.
Saberemos então que não existe vida sem mágoa, sem mácula... embora nos sintamos realmente feridos. Esta separação foi uma ferida que se abriu em nós, e que só sarará com uma nova reunião, com o reencontro. Para que sare completamente, o reencontro terá que ser tanto mais forte que o encontro. Terá de ser para sempre.
Mas isso é algo improvável.

Poema da interrogação sobre uma separação inesperada

Vou aos bares e não te encontro
calcorreio as ruas e não te encontro
ando por todo o lado e não te encontro:

desapareceste do mapa
sumiste como uma névoa fria
evaporaste-te como água

na verdade não vou à tua procura
mas estou nos sítios e sinto a tua falta
do teu olhar, do teu toque, da tua voz, da tua simples presença
de estar contigo

e penso que tudo é passado
algo que não volta mais
mas que poderia ter sido presente
embora não o tenha querido a situação,
o destino.

Penso que foi o destino que nos uniu
e nos separou. Encontrámo-nos por um acaso,
separámo-nos por um acaso. Simplesmente, deixámos de nos ver,
de nos encontrar. Agora penso porquê, mas não encontro resposta.
Algo que teve de acontecer, algo que teria de ter acontecido.
Talvez o destino tenha errado, ao separar-nos
e com isso tenha dado uma grande volta às nossas vidas.

Talvez voltemos a estar juntos. A encontrarmo-nos como nos encontrávamos.
Dou voltas e voltas e não sei o que nos separou.

Poema de um amor passado e de uma separação pelo destino

Estou longe de ti
sinto a tua falta
perdi o teu contacto
não sei onde estás

sinto que falhámos os dois
poderíamos ter tido tudo
agora não há nada a fazer
resta-nos viver separados

poderíamos ter sido felizes
se o destino nos não tivesse
separado, apartado um do outro
pois apartados estamos

sempre te amei
disse-te o meu amor
talvez tenha estragado tudo
mas sinto que me amavas
que foi o destino que nos apartou
nem eu, nem tu, mas o destino.

Homens e andorinhas

A diferença entre os homens e as andorinhas é que os homens podem escolher quando e para onde vão.

sexta-feira, maio 11, 2007

Dias inacabáveis

Corpos jazem entorpecidos
na fina areia lânguida
humedecida num movimento
sensual pelo mar fresco

por entre altas falésias
que fazem deste um lugar amplo
aquecido p'lo Sol que vem
bem do cimo, vagaroso

gerando infindas memórias
de amores que não passam
belos filmes descortinados
pela brisa ao fluir.

terça-feira, maio 08, 2007

Poema da mulher a chorar

Fui ao bar beber um copo
vi uma mulher a chorar
a consolá-la estava outro
também ele a bebericar

Isto foi enquanto saía
para o calor abrasador
fui tonto mas não caía
antes ia com rubor

Eis então que chego a casa
e ligo a internet
para contar tenho nada
só esta história de alfinete.