sábado, maio 12, 2007

Poema da interrogação sobre uma separação inesperada

Vou aos bares e não te encontro
calcorreio as ruas e não te encontro
ando por todo o lado e não te encontro:

desapareceste do mapa
sumiste como uma névoa fria
evaporaste-te como água

na verdade não vou à tua procura
mas estou nos sítios e sinto a tua falta
do teu olhar, do teu toque, da tua voz, da tua simples presença
de estar contigo

e penso que tudo é passado
algo que não volta mais
mas que poderia ter sido presente
embora não o tenha querido a situação,
o destino.

Penso que foi o destino que nos uniu
e nos separou. Encontrámo-nos por um acaso,
separámo-nos por um acaso. Simplesmente, deixámos de nos ver,
de nos encontrar. Agora penso porquê, mas não encontro resposta.
Algo que teve de acontecer, algo que teria de ter acontecido.
Talvez o destino tenha errado, ao separar-nos
e com isso tenha dado uma grande volta às nossas vidas.

Talvez voltemos a estar juntos. A encontrarmo-nos como nos encontrávamos.
Dou voltas e voltas e não sei o que nos separou.

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