quinta-feira, maio 24, 2007

Peregrino/2

Nunca fiz nenhuma peregrinação, mas o meu irmão João já fez uma a Fátima, este ano, penso que no dia 10 de Maio. Ele é católico apostólico romano, mas eu não. Não sei qual a minha religião. Sei que gosto, às vezes, de ler a Bíblia, mas não faço parte de nenhuma comunidade católica. E, se acredito em Deus, acredito num deus pessoal; não sei bem como defini-lo. Acredito que, se Deus existe, podemos ter uma relação pessoal com Ele, sem intermediários, sem igrejas, sem padres. Não sei bem qual é a minha definição de Deus; sei apenas que é algo maior do que nós, maior do que tudo (aqui, vamos para a definição anselmiana: "aquilo maior do que o qual nada pode ser pensado"). Não sei bem qual é a minha definição, mas creio que é algo que se sente, algo em que se pensa, uma questão de fé: acreditarmos que existe um Ser criador e sustentador de tudo o que existe, que respeitamos, temendo a sua ira. Deus é aquilo que mantém a nossa vida e que, num momento, pode acabar com ela. Assim, é um deus atento ao que se passa no mundo, um deus omnisciente e omnipotente. Também podemos dizer que é sumamente bom e justificar o mal no mundo pela acção errónea do homem. Deus não quer intervir, para manter o livre-arbítrio do homem; mas, se quiser, intervém - Deus tem total liberdade, ao passo que o homem está preso às teias da necessidade e, por isso, não é completamente livre.

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