terça-feira, fevereiro 20, 2007

Continuação dos posts anteriores

Todos os objectos da nossa sensibilidade são construções conjuntas da mente em conjunção com dados recebidos. Independentemente da mente, não existem tal como nos aparecem. Existem, sim, dados que recebemos e que através da mente traduzimos e cuja tradução é a aparência que nos aparece e que vemos ou ouvimos ou cheiramos, etc. Na realidade última não há nada disso. Na realidade última não há matéria, não há corpos, não há extensão, não há espaço, não há tempo, não há nada disso. Há apenas dados informacionais que a mente recebe e traduz, formando-se então as aparências. A realidade última está para lá da nossa sensibilidade mas, por estranho que pareça, parece que só temos certezas quanto à existência dos objectos que aparecem à nossa sensibilidade. Estes, não existem. Um exemplo: o teclado em que estou a teclar não existe e eu não estou a teclar. Este texto não existe. Na realidade última só existem dados informacionais que não ocupam nem espaço nem tempo, pois nesta não há espaço nem tempo. A realidade, tal como a conhecemos, é uma construção conjunta da mente com dados informacionais recebidos. O que há na realidade última são dados informacionais imateriais e descodificadores imateriais desses dados.

Sem comentários: