quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Continuação do post anterior
Assim, a tristeza, a alegria, por exemplo, são propriedades do Universo que nós sentimos do modo como sentimos a tristeza e a alegria. O homem é, assim, completamente permeável à exterioridade. Tudo são dados que recebemos e que se nos apresentam, segundo a nossa fisionomia, segundo o nosso sistema nervoso, deste ou daquele modo. Assim, a tristeza, por exemplo, existe no Universo, fora do homem, sob outra forma. Nós captamo-la segundo a sua forma experiencial. Na verdade, não sei quanto disto está certo ou errado, mas creio que em grande parte está certo, embora haja ainda alguma dificuldade de expressão de ideias que me aparecem enevoadas mas que creio correctas. Claro que eu crer não faz delas correctas. Mas creio, sim, que o que existe no humano existe aí fora no Universo e que nós apenas o recebemos da forma dependente do modo como estamos sensorialmente apetrechados. E creio, portanto, que no fundo do humano existe o Universo, quer dizer, que se procurarmos no fundo da experiência subjectiva humana encontramos uma experiência que se constitui por propriedades do Universo.
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