sexta-feira, fevereiro 02, 2007
O último
Quando dizemos que a essência da existência é a interacção com o mundo, estamos a referir-nos à unidade da consciência, porque não há mundo, julgo, mas uma multiplicidade de seres. E estamos erradamente a referir-nos à essência da existência. Quando dizemos que a essência da existência é a interacção entre os diversos seres, parece-me que estamos mais correctamente a referir-nos à essência da existência. De um modo ou de outro, ela ocorre na consciência. E na consciência ocorrem múltiplos processos, seja o relembrar, o imaginar, o projectar (imaginar?), o percepcionar, o pensar. Para irmos ao fundo da experiência humana, penso, temos de ir ao fundo desses processos, ou talvez apenas a um ou outro deles, por exemplo ao pensar. Porque o que nos caracteriza é o pensar, devemos perguntar - o que é pensar? Qual a relação entre "pensar" e "último/essência da existência"? Parece, a uma primeira vista, que o pensar tem duas vertentes, a intuitiva, em que recebemos passivamente conteúdos na consciência, e a lógica, em que fazemos inferências. Resta também saber se existem ideias, como seres independentes do pensar e pertencentes ao mundo da consciência (ver post anterior), que se impõem em certos casos e que com isso influenciam a nossa visão do mundo, isto é, ideias que se adicionem ao pensar intuitivo, ou se, pelo contrário, quando algo se adiciona através da mente, esse algo é um produto da nossa mente.
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