quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Deus/o Último
Quando penso em Deus, penso na causa primeira de tudo o que existe. Pode também pensar-se em Deus como sendo as condições de possibilidade da existência. Pode também pensar-se em Deus como sendo a essência da realidade. Pode pensar-se Deus de tantas formas... tenho vindo a pensar, neste blogue, sob o título "O último", a essência da existência. Penso que Deus é isso também. A ultimidade que eventualmente, através da consciência, podemos encontrar. Aí, é revelação. Temos de colocar-nos num estado de ignorância para que a realidade nos espante e para que tudo acerca dela se torne interrogação. Aí, perante o grande mistério, sob a influência do fluxo de experiência que por nós é mentalmente recebido, estamos perante Deus. Deus é esse absoluto e imutável fluxo a que mentalmente acedemos quando estamos profundamente (concentradamente) imbuídos dele. É difícil de explicar, mas é um mesmo (uma mesmidade) que em diferentes momentos se nos apresenta. Talvez seja um truque da mente e várias faculdades a funcionar, a memória de algo indistinto (talvez apenas a consciência do tempo a passar), a imaginação de uma realidade supra-mundana, a sensibilidade para receber os objectos na mente... e aparece Deus. Quando penso o Último penso aquilo que a existência é em última instância, independentemente dos entes contidos na existência. E penso-a como experiência, isto é, penso que podemos ter experiência do Último.
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