quinta-feira, abril 19, 2007

Afogamento

Num negro oceano sem fundo
agitado ao sabor das marés
sítio esquecido p'lo mundo
onde os homens perdem os pés.

Num escuro oceano infindável
enraivecido p'la tempestade
o sufoco é interminável
e em nada deixa saudade.

Num mar altíssimo e irado
ando eu a navegar
atira-me de lado a lado
não tenho a que me agarrar.

No mais negro mar que há
dei comigo perdido
sem conseguir sair de lá
e sempre exposto ao perigo.

No mais assustador mar
que existe dei comigo vogando
sem tempo para respirar
tais eram as vagas lutando.

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