A rua está cheia de gente
e apetece-me fugir
para um lugar onde possa
estar só.
Esse lugar existe
não só no meu pensamento
é uma terra com pouca gente
e onde estamos em contacto
com a paisagem natural
as casas são baixas
e o turismo é pouco
há espaço...
preciso de espaço
para me desenvolver
para crescer
para envelhecer
para viver e morrer
preciso do vento.
O vento toca-me
e é como se mil memórias passassem por mim,
a memória do mundo,
o ser do mundo,
o mundo.
Preciso de contacto com o mundo natural,
com o pó
e deixar por terra as ilusões, vãs,
caprichosas.
Preciso de me unir à verdade
da Terra, do Cosmos
preciso de fugir da cidade
e de me refugiar
onde estou em paz
onde a paz é obrigatória
onde todos estão em paz.
Esse lugar existe e a música toca
e todos sonham com o antes e o depois
e todos sabem
todos sabem sonhar
ali estar naquele lugar perfeito
a que todos chamam casa
sem que seja o passado,
sem que seja uma casa,
mas o lugar idílico que todos que conhecem
conhecem como casa
um lugar para viver e morrer,
morrer na areia,
ser tocado pelo mar,
abraçado pelas falésias,
viver em paz, feliz.
quarta-feira, abril 04, 2007
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