Enquanto estava a passar o texto do post anterior do caderno para o blogue, ocorria-me o seguinte pensamento:
Acerca do problema tratado neste post, podemos apenas dizer que o pensamento distingue as propriedades (são distintas no pensamento) e que estas existem em colecção no pensamento. Como são por si, não sabemos.
Assim, vamos para um quadro kantiano, em que conhecemos apenas os fenómenos e não as coisas em si, como elas são por si. Apreendemos os objectos pela sensibilidade ou pelo pensamento, através das categorias estéticas ou do entendimento, que possibilitam que eles nos apareçam como aparecem e, se algum conhecimento há, é acerca dessas categorias ou desses objectos, mas ambos apreendidos enquanto fenómenos e não por si, como são independentemente da forma necessária como os apreendemos ou constituímos.
Gostaria, no entanto, de saber que poderia, um dia, conhecer alguma coisa como ela é e não como a apreendo, limitado pelas minhas capacidades. Mas tudo está limitado pelas suas capacidades; nada pode ir para lá delas. No entanto, não sabemos até onde vão as nossas capacidades. Há uma frase bastante óbvia, trivial e que, no entanto, exprime uma grande verdade: se não sabemos tudo, não sabemos se podemos saber tudo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário